terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mãos calejadas


As tuas mãos
Calejadas de tanto tocar
À beira do rio
Para que um dia sua canção
Pudesse oceanar...
Desaguar no meu oceano,
Mas a canção não chegou.
Calejado de tanto sofrer,
Pediu à beira do rio
Que o vento levasse aquela dor,
Mas novamente ao oceano
A sua prece rumou.
Calejado de sentir,
Jogou-se no rio,
Largou o canto,
O sofrimento,
A vida
Para tentar seguir.
Seguir àquele oceano
Que um dia o fez feliz.

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