quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hoje


Hoje,
Tudo é nostalgia
Dos dias que te tinha,
Dos dias que me tinhas
Dos dias que eram um hoje.
Esse hoje,
É um ontem,
Um ontem distante,
Que tenta ser presente
Nesta vida errante
Deste cansado coração.
Hoje,
A minha alma é pequena.
Condensada em lembranças,
Lembranças que afogam
Minhas esperanças
De um ontem-hoje sem fim.
Hoje,
Não há vida,
Sem que haja quimera.
Não há mais hoje,
Não há mais nada.
Hoje,
Cada vez o hoje
Torna-se passado,
Passado vivo,
Passado dolorido,
Passado.
Hoje,
Não existe.
Não há hoje,
Nem amanhã.
Só há de ti
Lembranças.
Lembranças
Que são o meu hoje
O meu ontem
O meu porvir

Revolto coração


Revolto coração
De ardência bravia
E de pura imensidão,
Só o Luar
O luar sob o mar
para acalmar...
Acalmar estas ondas vazias
Que tramitam aqui...
Só o luar,
O luar do teu olhar
para me saciar.