Um fio de madrugada
aponta por trás do luar
que me restou.
Lua refinada,
de tenro olhar
e de uma quimera
a admirar...
Deitados sob sua luz,
repousava sua boca sobre a minha
com tal ardor
que até por um momento
o luar apagou...
...E reascendeu
a cada sereno olhar teu
que em mim pairou.
A divindade em forma de amor,
me amou...
me amou....
E cada estrela, distante,
no céu dizia
que tudo era magia
de uma grego que ía
e vinha
deixando seu encanto
e suscitandocanto
em madrugadas sem fim.
E ele se foi,
pelo caminho das estrelas,
conduzido até seu Olimpo
onde em mim pensou,
onde me amou.
E cá estou,
no meu leito sagrado
que por nostalgia lunar
Foi tomado...pensando:
ele me amou.